O Grêmio segue sua sequência invicto no Campeonato Brasileiro e venceu o Goiás nesta segunda-feira. O Grêmio também está com pontuação de G-4, tendo empatado em pontos com o Internacional, quarto colocado. Mas, ainda assim, nada disso importa perto do marco de Renato Portaluppi. O ídolo chegou a 384 partidas à frente do clube, o recorde para um treinador.
Na sua coletiva de imprensa, o técnico logo de cara agradeceu a confiaça que recebeu de todos. “Eu agradeço ao presidente, à diretoria, à torcida. Jamais vou deixar de agradecer. Essas pessoas sempre estão me apoiando.”
Autor do primeiro gol e melhor jogador da partida, Jean Pyerre recebeu bons elogios de Renato. “O Jean é um meia que todo atacante gosta. É importante o crescimento do Jean não só dentro do campo, como profissionalmente. Ele amadureceu bastante nessa volta. É um jogador que pode ser vendido pra Europa, pode chegar à Seleção Brasileira.”
Autor do segundo gol, Maicon teve a sua condição tranquilizada pelo treinador. O meia retornou nessa segunda feira após ficar três semanas afastado no Departamento Médico. “O Maicon não tem nada. O Maicon está bem. É um jogador que se entrega. Nem todas ele vai jogar, mas vai com certeza dar sequência ao trabalho. Conversamos, ele vai fazer um trabalho para reforço muscular.”
Renato relembrou o passado recente do Grêmio, em que sua equipe acumulou atuações ruins. Ainda assim, o ídolo pedia que houvesse paciência e confiança no seu grupo: “Um mês atrás eu disse que o Grêmio ia crescer e muitas pessoas falaram muita besteira. Engraçado que hoje essas pessoas sumiram.”
Renato está na sua terceira passagem pelo tricolor. Chegou em 2016, após a demissão de Roger Machado e fez questão de conquistar tudo. “Desde que eu cheguei, falei que a torcida do Grêmio ia parar de sofrer. Ia ganhar título. Eu tento sempre falar ao meu grupo que ganhar é bom demais e o objetivo é esse. Tem muita personalidade, muita alegria no nosso trabalho”. Em quatro anos de trabalho, foram conquistadas uma Libertadores, uma Copa do Brasil, uma Recopa e três Campeonatos Gaúchos.
Para encerrar a entrevista, o treinador lembrou seus primeiros passos na carreira e comentou sobre a relação com os pais: “Eu tive que sair de casa fugindo da janela do meu pai para ir pra Porto Alegre, ser jogador e ajudar minha família. Infelizmente no meu primeiro ano de Grêmio, em 81, perdi meu pai. Em 2010, perdi minha mãe. É um orgulho pra qualquer pai, qualquer mãe, ver o sucesso do filho. Eu sempre prezo por dar orgulho aos meus pais. Sempre peço proteção pra eles, no céu. E eu aqui embaixo trabalho cada dia mais para deixar eles orgulhosos.”